A FORMA DO FLUXO. UM ENSAIO SOBRE A ARTE DE
RAPHAEL ESCOBAR
Por Milton Tortella
RESUMO: O ensaio investiga a arte do artista visual e educador social Raphael Escobar, no contex-
to de sua convivência e atuação na Cracolândia, em São Paulo. Ali, ele desenvolve e formaliza
uma série de trabalhos que respondem a questões como violência policial, ausência do poder
público, saúde pública, moradia, racismo estrutural e outras formas de opressão sobre os cor-
pos dos moradores e frequentadores do fluxo. Serão analisados trabalhos realizados no terri-
tório e com as pessoas que lá circulam, como a peça sonora “O Som da Maloka”(1), que conta
a história do fluxo desde sua origem e coloca seus moradores, trabalhadores e frequentadores
como protagonista desta obra. Verificou-se que, ao contar essa história e relacionar sua produ-
ção artística com o território, forma-se uma rede de apoio que atua na redução de danos dos
usuários, moradores e frequentadores da região. Além disso, revela-se a colaboração das pes-
soas na construção coletiva e ativação dos trabalhos.
Capa: série de banners “Direitos”, “Direito a Loucura”. Imagem: Reprodução do site do artista: www.http://www.escobarr.com
1. Escobar, Raphael. “O Som da Maloka”, em colaboração com Mc Kawex, Denis Alberto, MC Meia Noite, Pagode na
Lata e o Blocolândia. Coleção moraes-barbosa, São Paulo, 23 de março de 2024.